quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Encontrei você, que tanto me procurava.

Quando o coração fala e o corpo responde apagando a razão e trazendo o sentido, me afogo em lágrimas e me afundo em risos.
Algo grita e não quer parar, algo pula, mexe, explode e aí eu sinto! Sinto como é lindo e eu não sei explicar, sinto o que é verdadeiro e me faz desesperar.
Agora mergulho nas profundezas sólidas de um mar vivo. Agora eu mergulho e faz sentido. Agora vivo.

Vejo-me, não mais no espelho que antes me escondia. Agora mexo meus braços, minhas pernas, meu corpo e vejo de perto que sou mais que carne, que sou aquilo que me movimenta e aquilo que torna possível o meu andar, o meu gritar, o meu chorar... Cada pedaço, cada movimento, cada energia gasta, cada lágrima derramada, cada gesto, cada sorriso, cada olhar, cada palavra, depende disso tudo que sou. E sou.

Sou calor e sensibilidade, sou razão e emoção, escorpiana e sou veneno, sou tranquilidade e tempestade, sou     quem eu quero por inteiro, mesmo com toda essa complexidade, com ou sem vaidade, com toda vontade, com toda verdade e como tudo que arde.

Ainda bem que você chegou, e chegue mais, cada vez mais.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Passo adiante

Deveria eu, me envergonhar de olhares indecentes que invadem corpo e mente, e se aproximam lentamente do meu êxtase fulminante, fazendo-me amante de uma vida inconstante?
Diria que não.
Envergonho-me da aproximação, do vento que soprou, da nuvem que passou, e nem tirou meus pés do chão.
Daquilo que não fiz, mas hei de fazer. Daquilo que vivi ontem e amanhã não me importará mais, jamais, não mais. Do que me vem de graça, e me deixa sem graça e não perde a graça. 
Diria que gosto do que é novo hoje e amanhã não mais será. Encanta-me quando não sei o que devo esperar. Atrai-me quando não devo me comportar. Quando busco esquinas discretas e troco mais que um olhar.
Entrego-me sem pestanejar, quando sinto que naquele momento serei única e que assim sempre será.