terça-feira, 15 de novembro de 2011

Passo adiante

Deveria eu, me envergonhar de olhares indecentes que invadem corpo e mente, e se aproximam lentamente do meu êxtase fulminante, fazendo-me amante de uma vida inconstante?
Diria que não.
Envergonho-me da aproximação, do vento que soprou, da nuvem que passou, e nem tirou meus pés do chão.
Daquilo que não fiz, mas hei de fazer. Daquilo que vivi ontem e amanhã não me importará mais, jamais, não mais. Do que me vem de graça, e me deixa sem graça e não perde a graça. 
Diria que gosto do que é novo hoje e amanhã não mais será. Encanta-me quando não sei o que devo esperar. Atrai-me quando não devo me comportar. Quando busco esquinas discretas e troco mais que um olhar.
Entrego-me sem pestanejar, quando sinto que naquele momento serei única e que assim sempre será.

Nenhum comentário:

Postar um comentário