sábado, 3 de dezembro de 2011

Conto de um desencontro.

Foram apenas olhares inocentes e desinteressados, que causaram aquela palpitação inesperada ao ouvir tantas palavras. Imaginava-me quase ausente à sua visão, fazendo parte de um todo onde me sentia camuflada ou invisível.
Para a surpresa dos seres, interesse mútuo.
Ainda sinto a sua pele indo de encontro a minha quando busco lembranças remotas em uma memória distante, que talvez seja a minha, mas não te dou tanta certeza.
Tomo um café nostálgico na rua e lembro-me com saudade e vontade daquela noite em que deixamos de lado as palavras que nos conquistaram e nos entregamos a um contato onomatopeico.
Ainda não sei se ser fiel às vontades que explodem, é o que toma a minha prioridade.
Opto pelo certo, sem saber ao menos o que realmente pode se chamar de errado. Irradio a razão para que ela  cegue de uma vez esse desejo íntimo  do calor da emoção. Do calor. Da emoção.
Ainda sinto aquele gosto, ainda escuto aquele monólogo, ainda desejo aquele algo ansioso que atiçava a minha curiosidade por tua imensidão.
Mas tudo isso, exatamente isso, é o que agora não posso sentir.

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