sábado, 17 de dezembro de 2011

TRANScendentAl

Vista-me ao beijos da mesma forma que tirou minhas peças e colocou-as no chão para que elas pudessem repousar.
Olhe-me profundamente, pois agora sou sua, inteiramente sua, dos olhos à boca, da pele ao toque, da cintura aos quadris, do que me mantém viva ao que me cobre e recobre. Olhe-me por inteiro, sou inteira.
Sinta-me todos os dias, e que cada dia seja singular, transcendental e igual. Sinta o que eu sinto e chegaremos ao infinito cúmplice e intenso de nós dois. Ao infinito particular que alcançamos com gestos discretos e incomparáveis.
Enxergue-me como me diz verdadeiramente todas as vezes que me encontra e que se desconstrói pra me dizer que está entregue. Eu também estou.
Cative-me sempre com a plenitude da beleza que existe em todas as suas partes.

Não me recordo sobre a ultima vez que senti a compatibilidade e a sinceridade do que agora me cerca. Talvez seja porque eu nunca tenha vivido algo assim, tão assim, desse jeito assim, com esse seu jeito bem assim que é todo meu.

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