sábado, 7 de janeiro de 2012

Vão, se vá.

Sei que não queria saber ao certo o que me afoba em certas horas dispensáveis. É que quando olho pro céu e me vejo rodeada por uma imensidão, esse conjunto que a minha visão alcança me faz refletir. Surgem assim as lembranças, e então o meu universo entra em conflito e deixo de saber que posso reparar as estrelas e começo a perceber apenas o tom escuro da noite. Quando essa sombra se faz, passo a não enxergar pedaços de mim que precisam de mais atenção. E nesta infinita tela escura e obscura vejo películas de um filme antigo que não são mais capazes de contar histórias, ou pelo menos de continuar a narrar os fatos interrompidos. Tento por um FIM ao final de cada um, para que eles possam parecer ao menos apresentáveis aos olhos de quem não os assistiu. O grande problema é que ainda tento por um fim em algo que já está danificado, ultrapassado e deixado de lado. Queria que fosse falta do que fazer, mas não é.
E essa noite ainda insiste, mas ela já não tem a menor graça pois já consigo compreender que basta um simples acordar para enxergar o brilho e a claridade de um novo dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário