sábado, 1 de outubro de 2011

Leve agitação do ar

Lá vai ela por suas andanças mundanas e desumanas e por vai e vens que só vão.
Dessa vez ela estava sentada, ou deitada ou dançando solitariamente e freneticamente em uma vitória-régia colossal que boiava por um rio sem margens.
Pescoço pra um lado pescoço pro outro e o vento roçava sua pele e acariciava o seu êxtase sem fim.
Seus cabelos dançavam conforme a sua música interna que poucos seriam capazes de ouvir e apreciar por não prestarem tanta atenção assim em rios, talvez.
As águas pulavam enquanto ela cantava sua poesia, como se estivessem aplaudindo aquela louca alucinada.
O caminho da planta desenhava involuntariamente uma obra de arte sobre aquele rio vibrante e uma mensagem era deixada propositalmente. E subliminarmente? Para alguns não.
Isso é o que se necessita.

Nenhum comentário:

Postar um comentário